14 de dez. de 2013

O que aprendi com o testemunho de vida do missionário David Brainerd





Sinto-me muito abençoada em ter tido a oportunidade de ler esta obra (relatos os quais David Brainerd não intencionava publicar, mas permitiu antes de sua morte que fosse publicada posteriormente pelo seu sogro Jonathan Edward). 

Meu Coração em diversos momentos se viu como um só com o de David Brainerd, especialmente nos seus momentos de oração e de introspecção. Identifiquei-me muito com ele em alguns aspectos.

O encontro de Brainerd com Deus – sua conversão de fato, (apesar de ter crescido ouvindo a palavra) foi algo lindo. A forma como a luz de Cristo o iluminou e ele pôde compreender que não havia nada que pudesse considerar como seu melhor que pudesse oferecer a Deus e por meio disso alcançar sua graça salvífica. E, mesmo após sua regeneração, a cada dia ele volta a expressar a sua consciência desta verdade, e a demonstrar o quanto abomina sua antiga atitude auto-suficiente e soberba diante de Deus. Ele agora reafirmava, dia após dia, a sua vileza e indignidade diante de Deus. Havia agora em Brainerd uma sede por santidade não mais como mérito para obter salvação, mas como necessidade de agradar e glorificar a Deus.
E cada dia mais Deus vai fazendo com que seu coração queime cada vez mais por missões, ate que se coloca disposto a servi-lo até o fim de seus dias. David Brainerd diz sempre em seu diário que até mesmo o desenrolar de suas orações ocorre sob total dependência de Deus ele sempre reconhece que é de Deus que recebe a capacidade, o poder para clamar pelas almas, por compaixão por elas, e por sua própria renúncia a si mesmo e às tentações humanas do orgulho e da soberba e a auto-glorificação.
E, de fato, é o Espírito Santo que nos impele a clamar da forma como Deus deseja. E algo que me chamou a atenção é que Brainerd dedicava muito tempo à oração, e muitas vezes se retirava para estar em, como ele mesmo chama “orações secretas”. Acredito que a importância que damos à oração, a longos momentos com Deus é um termômetro para sabermos o quanto amamos de fato a Ele, e David Brainerd, de forma não intencional, nos deixa ver seu coração dilatado de amor a Deus e, em conseqüência deste amor ao Senhor, o amor pelos que se perdem, floresce; diferente de outrora, quando ele temia lançar-se totalmente nas mãos de Deus.
Seus problemas de saúde surgiram bem cedo, primeiro, quando estava na faculdade, quando teve sarampo, depois, quando teve esgotamento; mais tarde, também esteve depressivo.
Brainerd sempre salienta sua luta contra si mesmo, menciona sempre sua falta de amor e gentilezas cristãos e a sua falta de humildade. Ele sempre exprimia seu anelo a dedicar-se ao serviço do Reino: “Que eu possa sempre viver para Deus!”
A partir de 1742, Brainerd passa a colocar-se à disposição para ir aos índios kaunaumeek, embora continuasse com aquela forte convicção de indignidade.
Suas dificuldades no campo, logo ao chegar: os temores, sensação de impotência para a realização de sua tarefa, receio de não conseguir obter êxito, entre os índios. Ele fala também de sua solidão, frio e fome; mas percebe que tinha motivo suficiente de consolação no Deus bendito.
É maravilhoso o depoimento da índia dentre os primeiros que tiveram interesse pela mensagem trazida por Brainerd. Ela disse que seu coração havia chorado desde que ouvira a sua pregação pela primeira vez.
No seu aniversário (em 20/04/1743) de 25 anos, ele conclui que havia vivido pouco para a glória do Deus eterno.  Após três meses, Brainerd decidiu morar de vez entre os índios. Mas, por não ver resultados em seu trabalho ali, Brainerd já estava prestes a renunciar a sua esperança de viver para Deus. Em 16 de agosto (1743) Brainerd relata que esta com debilidade física pela dificuldade em conseguir alimentos apropriados. Com seu cavalo perdido na floresta, ele mesmo também não pode ir buscar o pão. Entretanto, Brainerd, assegura de que estava descobrindo a disposição de viver contente sob qualquer circunstância. Ele redige um humilde pedido de desculpas ao reitor e aos diretores da universidade sobre um recente problema em que se envolveu e foi expulso da mesma.
Em 20 de setembro, me chamou a atenção o fato de Brainerd referir-se aos índios com os quais trabalhava de “os meus índios”; o que denota compaixão, zelo e apego. Ele começou, então a estudar a língua deles.
Em janeiro de 1744 ele faz uma avaliação e agradece a Deus pela sua graça e bondade sobre aqueles 15 meses ali, e por ter conseguido ofertar para fins caridosos ali cerca de cem libras, e por Deus tê-lo ajudado a atravessar todas as dificuldades daquele ano.
Nos dias que se seguiam, Brainerd continuava a entristecer-se por causa a sua condição, por fazer tão pouco para Deus. Ele sempre deseja ser santo, ser humilde e estar crucificado para o mundo.
Ele ficava ansioso por causa da dificuldade em relação à oração e a meditação quando se encontrava fora de casa por dias para estudar a língua dos índios. Mas ao voltar pra casa, ele voltava a ter a liberdade desejada para dedicar-se a oração. Acho admirável quando ele se refere à oração como “um exercício tão doce”.
Ao falar sobre o seu trabalho para o Pr. Pemberton, ele disse que se esforçou para levá-los de forma mais clara possível: 1) A pecaminosidade e a miséria do estado em que se achavam naturalmente; a maldade de seus corações, a corrupção de suas naturezas, a pesada culpa sob a qual estavam, e como estavam sujeitos à punição eterna. E também a total incapacidade deles salvarem-se a si mesmos, quer de seus pecados, quer de suas misérias as quais são a justa punição dos pecados; de seu não-merecimento de misericórdia da parte de Deus, diante de qualquer coisa que eles mesmos pudessem ter feito para obter o favor divino, e, em conseqüência, sua extrema necessidade de Cristo, a fim de serem salvos. 2) Procurou mostrar-lhes a plenitude, a toda suficiência e a liberdade da redenção operada pelo Filho de Deus, com base em sua obediência e sofrimentos, em favor dos pecadores que estão perecendo, como essa sua provisão ajusta-se a todas as carências deles, e como ele as chamava e convidava a aceitarem a vida eterna gratuitamente, não distante a toda a pecaminosidade deles.
Brainerd compôs diversas orações e com a ajuda de seu intérprete, as traduziu para o idioma deles, logo aprendeu a pronunciar as palavras e pode orar com eles na sua própria língua. Também traduziu diversos salmos, e pouco depois eram capazes de entoá-los no culto a Deus.
Ele se alegra ao perceber que muitas verdades ensinadas eram perceptíveis em suas mentes por meio de seus diálogos e indagações, quando ele tinha oportunidades de aprofundar mais em determinados temas. E ainda, muitos deles, entre lágrimas, indagavam o que deveriam fazer para serem salvos.
Após cerca de um ano com os índios kaunaumeek, Brainerd, por decisão junto aos representantes da missão, partiu para trabalhar com os índios do rio Delawere. Brainerd não veio a aceitar este segundo convite para tribos por desconhecer os sofrimentos num campo indígena, mas por amor. Ele chegou a rejeitar convites para pastorear igrejas onde poderia ter conforto e um ministério bem sucedido; preferindo dedicar-se a evangelização dos índios.
Brainerd passava por um momento de debilidade física, chegando a cuspir sangue.
Ele era sensível e humilde para com Deus, reconhecendo até mesmo, as vezes em que na pregação percebia que a seus olhos mais sobressaía sua habilidade retórica do que a sua espiritualidade, porém mais tarde, agradecia a Deus pela sua assistência, reconhecendo que dependia exclusivamente de Deus.
Mesmo em meio aos sofrimentos nunca se permitiu cogitar desistir do seu trabalho entre aqueles pobres índios, e sempre sentia Deus a encorajá-lo.
Brainerd fez-se presente em um funeral entre os índios e ficou impressionado ao ver suas práticas pagãs; e isto o levou a clamar pelas almas deles diante de Deus.
Brainerd registra como estava se sentindo no dia de sermão de aprovação para ordenação, a qual ocorreu no dia seguinte.
Ele fala de momentos em que pregou aos índios sentindo-se muito desencorajado, e ainda enquanto pregava percebeu algo mudou: foi cheio de amor, calor, poder e ajuda de Deus e, além disso tudo, ele concluiu que o Senhor havia tocado nas consciência deles.
Ele morava a cinco quilômetros da tribo. E precisava cavalgar até a tribo todos os dias para a realização do seu trabalho entre eles.
É impressionante como Brainerd demonstra, em seu relacionamento particular com Deus, em seus diálogos realizados por meio de seu diário, uma vida totalmente rendida à grandeza do Pai! Frequentemente podemos ler ele se referindo-se a si mesmo com um “pobre verme” e clamando a Deus que aceite sua vida como oferta.
Breinard menciona sua dificuldade em lidar com os índios no aspecto “cultural”, o qual envolvia festas e idolatria e demônios etc. Menciona também como satanás lançava setas em sua mente, mas mantinha sua confiança fixa em Deus. E posteriormente, Brainerd pode observar o agir de Deus no coração daqueles índios.
Acredito que o diário de Brainerd ajudou muito os missionários que posteriormente, dedicaram suas vidas a evangelização dos indígenas daquelas regiões, pois ele fala com detalhes acerca de como eles pensavam acerca de Deus, acerca dos brancos e acerca do cristianismo e como eles reagiam de forma preconceituosa à mensagem do evangelho e das vezes que demonstravam interesse em ouvi-lo e quiseram que ele tirasse duvidas acerca do cristianismo.
Ele enfrentava muitos perigos em suas viagens; frio, mau tempo, etc. Certa vez, a sua égua quebrou a perna e ele teve que sacrificá-la e seguir viagem a pé. Ele e seu intérprete pernoitando no meio da mata, tinham que dormir cercados de lobos que uivaram por perto. Por vezes se perdeu na floresta e andou por lugares terrivelmente perigosos, e isto, muitas vezes acontecia quando ele estava muito doente; mas sempre sendo preservados pelo Senhor e reconhecendo esta graça.
Brainerd ficou muito preocupado com aqueles índios, quando por causa de sua saúde teve que deixá-los até que melhorasse.
Mais tarde, ele narra com alegria acerca das duas primeiras conversões; a do seu intérprete e sua esposa e do batismo deles. É maravilhoso quando ele passa a mencionar os frutos de seus trabalhos em meio a estas aldeias, a forma linda como o Espírito Santo convenceu aquelas pessoas de sua miserabilidade, e como ele ficava comovido em contemplar tudo aquilo. Pessoas salvas e libertas, famílias restauradas, tudo atestava que o Senhor agia na vida daqueles índios e Brainerd, contudo, mantinha seu coração humilde e em nada atribuiu a si mesmo mérito algum.
Ele também relata como a maioria dos índios de Forks of Delaware, diferentemente dos de Crossweeksung, eram escarnecedores, e como zombavam dos demais que iam ouvi-lo e choravam nas reuniões. Brainerd registra que acredita que Satanás parece ter seu trono naquela aldeia de maneira notória, pelo fato de ali estarem os mais alcoólatras, os mais maléficos e bandidos.
Em setembro / 1745, Brainerd visitou a ilha de Juncauta, onde não obteve sucesso algum devido à tamanha idolatria e dureza de coração deles e por falta de intérprete; ele diz que ficou muito abatido ao perder a esperança acerca da conversão deles.
Ele relata momentos entre os seus índios, para os quais voltara em que, após a sua ministração, todos vinham para sua residência a fim de saberem que deveriam fazer para ser salvos. Ele conta que os índios vieram de todos os cantos para este lugar, e levantaram pequenas cabanas para si, todas a um raio de cerca de quatrocentos metros de onde ele se encontrava, o que era muito conveniente para a instrução publica e particular deles.
Ele expõe também seu cansaço, da fragilidade de sua saúde física e da solidão que sente.
Ele menciona que a Missão ajudou seus índios a quitarem altas dívidas contraídas por eles tempo atrás por causa de seus vícios passados, como o de bebidas alcoólicas; a Missão ajudou-os ainda, comprando terras para eles; para que não tivessem dificuldades em estabelecer e ampliar a sua congregação de índios crentes naquele território (oitenta e duas libras e cinco xelins, em moeda corrente de Nova Jersey que vale oito xelins por onça de peso).
De volta a Forks of Delaware, ele levou consigo seis índios para que dessem seu testemunho de conversão àqueles índios de coração endurecido ao evangelho. Ao voltar, trouxe consigo aqueles que demonstraram interesse em continuar sendo instruídos acerca do cristianismo. E, ao despedir-lhes de volta a sua tribo, alguns dias depois, alguns dos índios de Crossweeksung os acompanharam a fim de fortalecer-lhes por mais alguns dias.
Foi muito edificante ter lido os testemunhos de conversão de alguns índios no diário de Brainerd.
Outra coisa que me chamou a atenção é o fato de que, até mesmo novas cidades nasceram a partir de populações de índios convertidos que anelavam por viverem juntos na comunhão que agora ganharam em Cristo como uma sociedade transformada por Ele. E além de ajudá-los a iniciarem a cidade, Brainerd deu-lhes ainda, assistência por um tempo, a fim de que eles conseguissem viver ali de forma auto-sustentável. Como é bom saber das grandes e positivas contribuições do cristianismo protestante na vida da humanidade!
O dono deste maravilhoso Diário discorre com paixão acerca da piedade destes novos cristãos índios, e ainda, de como se comprometeram publicamente em, a partir deste marco em suas vidas, aonde quer que fossem ou estivessem, viveriam para a glória de Deus.
Em se tratando de sua metodologia ao evangelizar os indígenas que, além da necessidade comum a todos os homens por causa do pecado original também traziam diversos problemas de ordem moral, como vícios, infidelidade conjugal, etc.; Brainerd diz que a sua própria experiência, bem como a Palavra de Deus e o exemplo de Cristo, e de seus Apóstolos, o ensinaram que o exato método de pregação, que é o mais adequado para despertar no ser humano o senso e a vívida compreensão de sua depravação e miséria em um estado decaído, é também o método que obtém maior sucesso na mudança da conduta externa das pessoas. O diálogo pessoal, com solenes aplicações da verdade divina à consciência humana é o método que fere, na raiz, todas as inclinações para o vício. Brainerd afirma que, em Mateus 23.26, quando Jesus diz: “Hipócritas! Limpa o interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo!”, Ele quer dizer que, se a fonte for purificada, a corrente ficará naturalmente pura. Por isso, se pudermos despertar nos pecadores um vívido senso de corrupção e depravação internas – sua necessidade de mudança de coração – e assim engajá-los na busca pela mente purificada, os seus vícios serão corrigidos, sua conduta e conversão serão ajustadas.
Ao final de seus registros, Brainerd diz alegremente que, dos que tomaram a decisão por Cristo, muitos foram consolidados pela transformação de mente e de conduta, a qual era visível a todos. Ele conta que lutou por não encorajar que ilusões satânicas tivessem lugar entre eles, e para que falsas conversões tomassem lugar entre os que eram acompanhados por ele. Ele menciona casos que surgiram entre eles no início de sua fé, como o pecado do orgulho espiritual e da ambição de serem mestres dos outros, etc. E afirma que seus índios têm aprendido a distinguir entre o ouro e a escória, a fim de que esta última seja “pisada como a lama das ruas”.
Ele encerra clamando por todas as tribos indígenas existentes, até mesmo pela mais remota, para que conheçam a salvação de Deus.

Eu fui muito edificada por meio desta leitura!

18 de nov. de 2013

Sincretismo cultural e religioso: sua influência nas igrejas cristãs brasileiras


CONHEÇA MELHOR O SINCRETISMO AFRO-BRASILEIRO E EVANGELIZE OS QUE ESTÃO PRESOS AO ENGANO; TANTO OS QUE ESTÃO DENTRO DE IGREJAS CRISTÃS QUANTO OS QUE SERVEM A RELIGIÕES AFRO E ACREDITAM QUE DESTA FORMA TAMBÉM ESTÃO SERVINDO A DEUS.


O SINCRETISMO AFRO-BRASILEIRO

  • Inicialmente, o verbo synkrettizo designava o pacto firmado entre comunidades cretenses quando ocorriam invasões à Grécia. 
Como alguns definiram sincretismo, inicialmente:


  •  Erasmo lhe deu um novo significado “crescimento conjunto 
  • A partir do séc XIX, sincretismo designa a mistura de diversos cultos, divindades e religiões. 
  •  J. C. Maraldo apresenta quatro tipos de sincretismo no politeísmo pagão: 1) sincretismo dentro da mesma religião; 2) Sincretismo entre as diversas religiões politeístas; 3) O helenismo; 4) As religiões do Extremo Oriente com as religiões primitivas da América.


A história do sincretismo

  • Martins Terra alinha dois motivos principais para o surgimento do sincretismo: profanos e religiosos. Através de uma política religiosa tolerante; assim surgiu o sincretismo afro-brasileiro. Os motivos religiosos referem-se à complementação que as religiões buscam entre si, aparecendo como um enriquecimento mútuo. 
  •  A grande miscigenação que ocorreu no Brasil entre negros, indígenas e brancos, fez acompanhar-se do sincretismo religioso, isto é, reuniu motivos profanos e religiosos. 
  •  Em relação ao sincretismo afro-brasileiro, há algumas tendências gerais: 1) Do ponto de vista étnico, o sincretismo é mais acentuado em grupos que não repelem influências externas; 2) Do ponto de vista ecológico, o sincretismo é mais acentuado nas cidades, onde o negro participava de festas e procissões; 3) Do ponto de vista institucional, o sincretismo é mais acentuado nas religiões vivas do que nas conservadoras, já que a vida de um organismo está em assimilar o que recebe de fora; 4) Do ponto de vista social, o sincretismo muda de natureza quando está em nível morfológico (sincretismo em mosaico) e em nível institucional (correspondência entre deuses africanos e santos católicos). O sincretismo em mosaico refere-se às capelas católicas junto a templos pagãos, altares, terreiros e também refere-se aos negros aceitando as festas católicas, como pretexto para seus próprios rituais. O sincretismo institucional refere-se à correspondência entre deuses e santos e é o mais importante. Para o negro, no fundo, só existe uma religião universal e um só Deus e criador que, estando tão longe, precisa de intermediários (santos para os católicos, e orixás e vodus para eles). No meio católico, onde a pressão evangelizadora foi menos forte, o negro conservou seus traços culturais africanos. Já no meio protestante, houve uma reinterpretação: o negro criou um cristianismo mais negro do que sua religiosidade africana. Isso aconteceu porque o negro não era admitido na igreja protestante sem antes estar bem instruído na doutrina e na prática cristãs. A evangelização foi feita em profundidade; então o caráter africano praticamente desaparecia.

Deuses e santos

  • Nina Rodrigues foi quem primeiro fez observações quanto ao sincretismo entre os orixás e os santos (em 1900). Os africanos justapunham os santos católicos aos seus deuses; daí a ilusão de catequese da qual fala Arthur Ramos: “O negro aceitou o catolicismo pregado pelos missionários, mas na incapacidade psicológica de abstração, não compreendendo o monoteísmo, ele incorporou o catolicismo ao seu sistema mítico-religioso, transformando-se assim o fetichismo numa vasta religião politeísta, onde os orixás foram confundidos com os santos da nova religião que lhe foi ensinada.” Nina concluiu então, que os crioulos e mulatos, influenciados pelo meio, perderam a pureza africana primitiva e sua adoração fetichista se transportou às imagens dos santos. 
  • Abguar Bastos refere-se à correspondência dos orixás com os santos chamando-a de sindesmose mítico-religiosa e apresenta duas formas de adaptação: “a primeira é quando um orixá, reconhecido como titular do panteão de uma casa de culto, toma novo nome extraído do hagiológico católico; a segunda, quando uma figura da igreja romana toma nome conjunto africano e se inscreve no adoratório dos orixás” Assim, Xangô pode ser São Jerônimo; Iansã, Santa Bárbara; e Iemanjá, Nossa Senhora do Rosário ou da Conceição; o outro caso, por exemplo, é o de Anamburucu (Nanã Burucu) – fusão de Ana (Santana) com Burucu (mau – santo com poderes de fazer o mal se for desobedecido). Acontece também de um mesmo orixá receber diversos nomes, cada qual correspondendo a um santo. Abguar Bastos interpreta a correspondência dos orixás com os santos como um aprisionamento destes por aqueles, e diz: “[...] Se os senhores aprisionam os negros, estes, por sua vez, prenderam seus santos e os colocaram a seu serviço. O poder do santo só se efetua quando somado ao orixá, quando vibrado pelos cantos e danças, quando tiver pontos riscados, e quando seu intérprete for o pai-de-santo e não o padre. 
  •  O sincretismo varia através do tempo e também através do espaço. Por isso, de acordo com as localidades, as correspondências variam. Outrora as cidades ficavam afastadas e cada centro precisava descobrir suas identificações. Nessas identificações orixá – santo, o importante sempre foi a identidade das funções que se sobrepõem à diferença de nomes. Exemplo: Iemanjá = N. S. Conceição da Praia (Rio, Bahia) = N. S. dos Navegantes (Porto Alegre); função: proteger pessoas que vivem no mar. 
  •  Dois fatos contrabalançam essa diferenciação: a hagiologia católica e a imitação (o orixá Omolu (a varíola) identifica-se com São Lázaro (que protege as chagas) e com São Roque (cujo cão lhe lambe as feridas) ou com São Sebastião (com ferimentos). Oxóssi se identifica com São Jorge ou com São Miguel – santos guerreiros. Por outro lado, cidades próximas imitam suas identificações. 
  • Podemos compreender ainda a diversidade das formas sincréticas nas várias regiões, como observa Bastide. Na Bahia, por exemplo, coexistem várias nações (africanas), e cada uma tem um ou vários candomblés. Neste aspecto, dois fenômenos não podem ser confundidos: o fenômeno do sincretismo regional e o sincretismo étnico. Abguar Bastos diz que os rituais afro-brasileiros sincretizam-se para cima com os santos católicos e para baixo com os orixás de outras nações, de maneira que o resultado foi pancultualismo. 
  •  A estrutura da doutrina católica assemelha-se à das seitas mágico-religiosas, pois existe uma série de intercessores, intermediários, até chegar ao Deus supremo. Essas inter-relações foram básicas para o sincretismo orixá – santo.

Cultos sincréticos

  • Existem hoje, no Brasil, inúmeros cultos sincréticos, estes, decorrentes das misturas de rituais de diversas nações africanas, dos índios e dos europeus. 
  •  Os pontos de apoio são todas as formas de feitiço. 
  •  Nos terreiros visitados por W. Valente, sentiu-se a influência da cultura ioruba (religião nagô. Há semelhança entre a estrutura jeje e a nagô: representação material dos vodus e orixás; iniciação dos sacerdotes; danças e cânticos. Um costume jeje, observado até hoje nos xangôs pernambucanos, é a festa do inhame; este alimento foi introduzido no cardápio brasileiro desde o tempo da escravidão, mas para os adeptos dos terreiros a festa tem um significado mágico-religioso, e está associada à libertação dos escravos. Neste sentido é que houve o sincretismo: uma festa folclórica com implicações sociológicas e religiosas. Um costume malê (de negros islamizados), incorporado pelos outros africanos, indígenas e brancos, é o de pendurar no pescoço pequenos sacos com papéis contendo orações para livrar o corpo do perigo ou com unhas, cabelos, ossinhos, bicos e outros materiais, com o objetivo de curar doenças. Alguns cânticos, o costume de não entrar calçado no peji (lugar santo), o uso de toalhas nos terreiros pernambucanos, etc. A própria roupa de baiana tem influência nigeriana, muçulmana, banto e européia. As peças de roupa usadas pelo pai-de-santo, na Bahia são semelhantes às usadas no Sudão maometano. 
  •  Os bantos se deixaram absorver pelos jeje-nagô. Ficou deles o deus Zambi, encontrado principalmente na Bahia, e alguns termos relacionados a ele. 
  •  O chefe religioso banto, nas macumbas cariocas é chamado embanda, quimbanda e umbanda; em Pernambuco é chamado de babalorixá ou pai-de-santo.
  • Pajelança- o pajé é a figura principal, que dirige as reuniões. São realizadas sessões semelhantes às espíritas, onde se toma a cachaça que provoca os transes. os espíritos que baixam são animais, como: cobras, jacarés, cavalos-marinhos, mutuns – em formas fantásticas. No norte do Piauí, a pajelança se une com elementos do catimbó e com práticas de feitiçaria negra. O pajé usa um ramo de ervas, um feixe de penas vermelhas de papagaio ou ainda um crucifixo; sopra fumaça sobre o paciente, finge extrair um objeto estranho do corpo do paciente – técnica antiga do curandeirismo indígena. O culto a Jurema, o adjunto de Jurema, a pajelança e o catimbó estão vinculados à linha ameríndia dos cultos mágico-religiosos. Na Bahia, o sincretismo deu origem aos cultos dos caboclos e dos pretos-velhos. 
  •  Todos esses grupos não aparecem isolados, mas estão interpenetrados. Os rituais que hoje existem no Brasil são o resultado de um “processo transculturativo” e não pertencem apenas ao negro, mas a uma grande massa brasileira. Fazem parte de processos de aculturação e de entendimentos vários sobre os rituais. 
  •  Desse sincretismo religioso fazem parte as festas populares, como novenas, tríduos, mais apegadas ao catolicismo nas zonas rurais. A influência africana, através da participação dos negros nas festas, foi se acentuando cada vez mais.

Festas Folclóricas 

  • Os rituais africanos influenciaram os rituais católicos, como por exemplo, a famosa festa chamada de lavagem de Nosso Senhor do Bomfim. 
  •  Outras festas católicas estão ligadas à religião africana: a de N.S. da Conceição da Praia (a Iemanjá); a de Santana do Rio Vermelho (a Nanã); as de Santo Antônio da Barra, Pilar, N. S. das Candeias, São Bartolomeu (a oxumaré). 
  •  Em geral, as festas do candomblé são precedidas de missas, tanto que, perto do terreiro, geralmente existe uma capela; vai-se à missa pela manhã e, à noite, dança-se ao som dos atabaques. O catolicismo penetra no candomblé através da presença do altar católico, com seus panos brancos finamente bordados, imagens de santos, flores de papel colorido – nas festas africanas. Essa presença, ao que parece, tem uma função mágica. O fetichismo também se faz sentir nos cânticos e nas ladainhas utilizados nas festas. Em Recife, na casa shamba, no ritual da preparação da futura ialorixá, foram introduzidos elementos do folclore dos reisados ou congadas; a troca de presentes como testemunho da boa amizade entre os dois reinos transforma-se na entrega do título de ialorixá como presente de Xangô. Os rituais de entronização ficaram perdidos no tempo e a falha foi suprida pelo Folclore. 
  •  Outro costume que lembra a congada é o Baile de São Benedito, na cidade paulista de Xiririca, bem como os cucumbis do Rio de Janeiro, o ticumbi no Espírito Santo, o reisado alagoano. Em Pernambuco, aparece à frente do cortejo a calunga, boneca preta que lembra o babalotim do afoxé nagô-baiano. Percebe-se que, tanto nessas festas e no maracatu de Pernambuco, quanto nas cambindas da Paraíba, e as taieras de Alagoas, com seus reis, rainhas, príncipes, embaixadores e damas, desfilando ao som de tambores, chocalhos e gonguês, são reminiscências das solenidades dos reis do Congo abolidas no Brasil por volta de 1830. 
  •  A dança dos Congos, como a maioria aceita e  interpreta, homenageia santos padroeiros como N.S. do Rosário, S. Benedito e o Divino Espírito Santo, além de recordar a abolição dos negros. A dança lembra um ritual antigo, realizado em terras africanas, e que foi misturado a um significado religioso.
·         Até mesmo o Carnaval com seus cortejos, mestre-sala, porta-bandeira, nos faz lembrar os séquitos reais bantos. Esses cortejos são uma mistura das procissões católicas com as tradições africanas.


Como entender o sincretismo?

  • O sincretismo significou um “fenômeno de ascensão” para o negro, no dizer de Roger Bastide. 
  •  Sentiu-se a obrigação de assumir a religião da nova terra. 
  •  Pela reencarnação, os orixás se transformaram em santos do Ocidente. 
  •  Os negros, chegando ao Brasil, procuraram analogias entre as diversas divindades. 
  •  Os rituais mágicos tendem a acumular todos os gestos, palavras e atitudes com o objetivo de obter resultados positivos. Os símbolos mágicos, sendo universais, facilitaram o sincretismo.
  • Compreende-se que o sincretismo afro-brasileiro como sendo, inicialmente, uma acomodação dos negros à religião da nova terra e, com o passar do tempo, uma assimilação de valores mágico-religiosos. 
  •  Quando a pessoa permanece a nível mágico da religiosidade, tende a acumular símbolos e rituais. Uma vez convencida e convertida à verdadeira religião, a pessoa analisa sua fé, deixa suas superstições e entrega-se incondicionalmente a Deus.

Algumas palavras acerca deste tema:

Percebi que o autor à vezes parecia ser redundante, voltando a falar das mesmas identificações entre o catolicismo e as religiões africanas; seus deuses e seus santos, respectivamente. Mas, a partir desta leitura pude conhecer mais a fundo esta questão, e vi que o lago é muito mais profundo do que eu imaginava.

Em nossos dias também é bem perceptível no contexto igreja, tanto católica quanto evangélica, uma forte influência deste sincretismo. Claro que ele conseguiu adentrar justamente naqueles segmentos onde há maior abertura para o que vem de fora; é o que aconteceu na Igreja Católica Romana, quando ela passou a abraçar práticas das religiões afro-brasileiras e a estar junto nestas práticas. Conheço inúmeras pessoas que se dizem católicas, no entanto, vivem dentro dos terreiros de macumba e nas mesas brancas "numa boa" e acham que está tudo bem; pois jamais lhes foi ensinado o que é uma adoração cristocêntrica, uma adoração ao Deus vivo e invisível, o qual não necessita de representações palpáveis par ser encontrado e/ou crido.

O sincretismo ocorre ainda em inúmeras igrejas neo-pentecostais; onde vale tudo para manter a igreja lotada e alcançando metas de arrecadação à semelhança de mega-empresas. Nelas está valendo tudo, sal grosso; sal fino; dar nó na roupa de alguém pelo avesso e depois desamarrá-lo simbolizando libertação; vassoura para “varrer o cão”; martelo para decretar a bênção; rituais de supostos “Sacerdotes”, passar por portais para ter vitória; cheirar lenço do suor de um fazendeiro que se diz apóstolo; rosa ungida; fotos para representar as pessoas que não podem estar ali para receberem a oração (certa vez testemunhei certo pastor pedir que a mãe de uma pessoa viesse até à frente receber a oração representando a filha, porque esta não estava no recinto. Achei isso o fim; pois quem faz isso não sabe que o nosso Deus é Onipresente?).

Este fenômeno ocorre também de forma bem particular: há pessoas que “se converteram” ou se converteram, vindas de religiões altamente influenciadas pelo sincretismo afro-brasileiro, que não conseguiram ainda largar suas antigas tradições, suas superstições, e até mesmo sua forma de fazer “orações”. Certa vez vi uma irmã lendo um trecho bíblico em uma oportunidade, e em seguida, lentamente foi fechando a Bíblia e dizendo: “Palavra do Senhor” (semelhante à forma que acontece na igreja católica romana); já vi alguém que mantinha o costume de benzer-se; e não poucas vezes, vi outros com medo de passar embaixo de escadas, acreditando em dia de azar, utilizando a Bíblia Sagrada como amuleto; aberta há dias no Salmo 91 “para proteger a casa”, etc.

Falando um pouco quanto à nossa prática de culto cristão, hoje em dia utilizamos diversos instrumentos no louvor de nossas igrejas. Mas tenho notícias de época em que, nem mesmo um violão poderia estar dentro das paredes dos templos, pois era considerado profano (interessante... O som podia servir para acompanhar o louvor de quem cantava lá dentro, mas o instrumento não podia estar ali???? ). Há igrejas nas quais, até hoje, só é permitido o uso do piano, nada mais. Há igrejas onde não se pode bater palmas, porque alega-se que esta é uma prática que veio de cultos africanos. E a Palavra de Deus? Onde fica nisso tudo? O salmo 47.1 nos convida a bater palmas: “Batei palmas, todos os povos; aclamai a Deus com voz de triunfo!”; O Salmo 98 nos mostra que bater palmas expressa alegria na sua presença: “Os rios batam as palmas; regozijem-se também as montanhas.”
Quanto a instrumentos de percussão, ainda hoje há muita resistência quanto ao seu uso; pois até mesmo no texto em estudo, o nome de muitos destes instrumentos aparece compondo os cultos a divindades africanas, como o afoxé; o atabaque; os tambores; etc. O salmo 150 nos convida a louvar a Deus “no seu santuário” (pode referir-se a entrar na igreja em nosso contexto) com toda espécie de instrumentos que tivermos a nosso dispor: “Louvai ao SENHOR. Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder. Louvai-o pelos seus atos poderosos; louvai-o conforme a excelência da sua grandeza. Louvai-o com o som de trombeta; louvai-o com o saltério e a harpa. Louvai-o com o tamborim e a dança, louvai-o com instrumentos de cordas e com órgãos. Louvai-o com os címbalos sonoros; louvai-o com címbalos altissonantes. Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao Senhor.” (Sl 150:1-6)
Quanto aos ritmos, não sou preconceituosa, porém, só há um ritmo que sou contra o seu uso: o funk. E o que me faz pensar assim é justamente a conotação que o mesmo tem em nosso contexto brasileiro. É justamente por meio deste ritmo que estourou nas baladas, nas raves, que as menininhas foram ainda mais erotizadas, rebaixadas a “cachorras”, e às “preparadas” (para quê mesmo?); (e o pior: gostando de ser chamadas de “cachorras”, e de serem subjugadas pelos “tigrões” nas danças enfileiradas simulando tudo o que chamam de sexo). E é também com este ritmo que muitas mães levaram criancinhas de quatro ou cinco anos para dançar o “Créu” em competições na TV. É também utilizando este ritmo que muitos cantores têm feito apologia às drogas e ao sexo explícito (não que isto não aconteça também em outros ritmos, mas é com menor freqüência. Sei que isto também ocorre com o reague, e já ocorreu com o tango, muito utilizado antigamente nos “cabarés”, mas hoje mais aceito). E atualmente tem a música das poderosas, a qual denigre ainda mais a mulher, claramente afirmando que estas “as poderosas” são ainda piores que as “cachorras” e as “preparadas”, pois desbancam todas elas (em que aspecto mesmo?); e é deste Funk que algumas “irmãzinhas” fizeram questão de fazer uma versão do culto de oração neste mesmo ritmo, o qual agora é utilizado na propaganda de camisinha, onde o sexo livre sem compromisso é incentivado.
Há algo que me deixa intrigada: os cristãos evangélicos criticam os católicos romanos por fazerem boas obras pensando que por meio delas alcançarão Graça salvífica de Deus, bem como os espíritas (da mesa branca ou do baixo espiritismo), que as praticam, para aperfeiçoar o carma na próxima encarnação, para elevarem mais o espírito.
O problema é justamente esta acomodação que se gerou pelo fato de sabemos que as obras sociais e o assistencialismo não produzem salvação para ninguém – ignoramos que é dever cristão socorrer o aflito, estender a mão ao pobre, primeiro aos da família na fé, depois aos demais, mas é nosso dever. Se apenas dissermos “Que pena... Vou orar por você. Vá em paz.” O que fizemos? Nada! Mas a igreja está de braços cruzados sem nada fazer enquanto ostenta salvação e “conhecimento teológico” (o qual é muito importante, mas quando sai da teoria e envolve-se com a prática missionária cristã e vice-versa). Mas não podemos nos esquecer do que nos ensina Tiago em sua epístola: a verdadeira fé obrigatoriamente produz obras, é inerente ao salvo a prática do bem. Falhamos, presos a um detalhe exterior, enquanto os filhos das trevas, mesmo que de forma equivocada, têm sido solidários para com o próximo (“[...] porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz.” Lucas 16:8b).
Não é porque alguém faz algo que é minha obrigação com motivações erradas, que agora estou sem culpa por não cumprir o que me cabe como Igreja do Senhor.
Acordemos! “Conhecereis a Verdade e a verdade vos libertará” (João 8.32).
Enquanto o Diabo mantém a muitos presos pelo engano, a igreja está acomodada em meio às suas “convicções”, desculpas e até mesmo à sua preguiça.

A começar em mim, sacode o teu povo, Senhor! Espírito de Deus! Vivifica a tua Igreja!

Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei? E quem há de ir por nós?

Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei? E quem há de ir por nós?
Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim." (Is 6.8)

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